Personagens típicos da assembleia de condomínio: como lidar com eles
As assembleias condominiais são momentos cruciais para o cotidiano coletivo dos moradores. Isso porque é nelas que se definem algumas das coisas mais importantes para o condomínio.
E, por isso mesmo, esses momentos podem ser um grande desafio para o síndico, pois além de precisar engajar os condôminos a participarem, ele precisa tornar o encontro produtivo, e acalmar os ânimos quando as pessoas ficam mais exaltadas.
Mas isso não é fácil, já que há diversos personagens típicos da assembleia com os quais nem sempre é tranquilo de conversar. Assim, cabe ao síndico identificá-los, e ter muito jogo de cintura e uma dose extra de paciência para poder conduzir a assembleia.
Neste post, vamos conhecer esses personagens e descobrir qual é a melhor maneira de lidar com cada um deles. Vamos lá?
Personagens típicos da assembleia
O “conectado”
Pode até parecer que ele está prestando atenção, mas o “conectado”, na verdade, está ligado é no celular. Mesmo quando a razão é nobre – ele pode estar trabalhando ou resolvendo algum problema sério – ele, no máximo, finge prestar atenção enquanto termina outras tarefas.
Essa é uma postura ruim, pois a vida coletiva exige foco e colaboração. É bem provável que ele esteja desconcentrado quando assuntos importantes são tratados, e interrompe a assembleia para perguntar o que foi dito, ou dar uma ideia que foi discutida anteriormente.
O “do contra”
Costuma se opor ao que a maioria quer. Na maioria das vezes, vai na contramão do que o síndico propõe, mesmo que seja votado em assembleia e traga benefícios ao condomínio.
Muitas vezes discute só por discutir, sem trazer qualquer benefício ao debate. Não costuma gostar de mudanças, faz críticas destrutivas ao síndico e outros moradores, faz fofoca e não consegue ver nada de positivo na administração do condomínio.
O “entusiasta”
É o condômino que gosta de participar da vida coletiva, fazendo sugestões para melhorar o condomínio. Se for do tipo que leva em consideração o interesse comum, traz bastantes benefícios à gestão, entende as decisões do síndico (mesmo quando não concorda) e ajuda a manter um ambiente pacífico e de bem-estar.
Gosta de dar ideias (embora às vezes não ajude a executá-las), costuma se dar bem com todos, vai às assembleias, lê os comunicados, participa dos conselhos e estimula os outros a ajudarem na administração.
O “ouvinte”
É aquele que, embora participe das assembleias, quase não se pronuncia. Geralmente, só fica sentado ouvindo. Se dá ideias ou sugestões, geralmente não é ao vivo (mas por mensagens ou e-mails) ou de forma privada (apenas ao síndico ou a um membro do conselho). Muitas vezes, ele sequer tem opinião formada sobre os assuntos tratados coletivamente.
O “palestrante”
O “palestrante” é aquele que gosta de ser o centro das atenções. Acha que seu ponto de vista é o mais importante, e gosta de mostrar que sabe o que é melhor para o condomínio. Muitas vezes é prolixo, interrompe os outros e não se cansa de argumentar para defender seu ponto de vista.
O “polêmico”
O “polêmico” quer sempre discutir uma questão de seu interesse, mesmo que ela não tenha importância para mais ninguém. Isso pode fazer com que a assembleia se estenda sem que nada seja definido. Consegue desviar o tema para assuntos de menor relevância, muitas vezes fazendo com que as pessoas percam tempo sem razão.
Como lidar com cada perfil de pessoa para obter os melhores resultados da assembleia
O “conectado”
A melhor forma de fazer com que este perfil participe da assembleia de forma produtiva é incentivá-lo a dar sua contribuição. Chame sua atenção durante a reunião para que dê sua opinião. Outra opção é enviar por e-mail antes da assembleia uma lista dos assuntos a serem tratados, pedindo que as pessoas respondam por escrito se tiverem contribuições. Propor a realização da assembleia virtual é uma opção para essas pessoas, que são cada vez mais numerosas nos condomínios.
O “do contra”
Por mais que seja difícil de lidar com o “do contra”, sua atitude pode ser revertida em ações positivas, principalmente se ele começar a atuar “do outro lado”. Uma boa ideia é chamá-lo para fazer parte do gerenciamento em um conselho, por exemplo. Contudo, é preciso deixar bem claro que isso não dá a ele o direito de se sobrepor aos outros condôminos, seja em ação, seja em palavras.
O “entusiasta”
Se o “entusiasta” contribui apenas com as ideias, pode ser uma ótima alternativa tê-lo na gestão como membro de um conselho. Esteja sempre aberto a ouvi-lo. Caso ele dê mais ideias do que realmente participe, não desperdice-as; coloque-as em votação para pesar a importância delas perante os outros condôminos.
Como ele se mostra interessado, demonstre sempre que é importante que ele participe da assembleia para dar ideias, mas indique quando perceber que as sugestões não são vantajosas para a maioria. Por fim, estimule-o a envolver-se na aplicação das ideias: ele pode ser útil na sua gestão.
O “ouvinte”
Se identificar que “o ouvinte” tem potencial para ajudar, dê a ele uma função antes da assembleia, para evitar que ele se sinta acanhado em participar. Da mesma forma que o “conectado”, pode ser interessante pedir suas sugestões antes ou depois da reunião, caso essa seja a única forma de fazê-lo participar.
O “palestrante”
Se estiver realmente decidido a agir por uma causa, seu comportamento pode ser revertido para ações positivas. Por exemplo, caso veja que ele defende com afinco uma ideia, peça para que ele trabalhe nela (pode ser como membro de um conselho ou na administração). Sempre que ele for defender seu ponto de vista, peça a opinião dos outros participantes da assembleia sobre o tema.
O “polêmico”
No caso desse perfil, é preciso ser firme: agradeça a sugestão do tema, mas indique que é preciso se ater à agenda estabelecida previamente. Acrescente que, se houver tempo, o assunto sugerido pode voltar à pauta.
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